Lá Fora: Switched At Birth

E você está ficando com suas noites vazias, sem ter nada para assistir? Seus problemas acabaram, procure por Switched At Birth na internet e se apaixone.

Tá, eu sei que a frase acima está parecendo propaganda de serie ruim, mas é totalmente o oposto: Switched At Birth é uma produção do ABC Family, canal do grupo ABC com programação voltada, bem, como o nome já diz, para a família e não é líder de audiência nem nada, e algo lançado na mid season, típica aposta baixa do canal. Sensação de que não ia durar muito, sabe? Tanto é que eu nem sai assistindo, fiquei esperando para ver se a coisa engrenava. Mas aí vem a surpresa de descobrir um dos melhores lançamentos deste ano – aí inclusos os lançamentos da fall season, aquela com a qual os canais realmente gastam o seu rico dinheirinho.

Eu confesso que só resolvi dar uma chance porque o elenco tem Lea Thompson e eu sou fã da eterna Caroline In The City – já se vão 16 anos e eu acho que ela continua com a mesma carinha linda.

A história: Bay (Vanessa Marano, a April de Gilmore Girls) é uma menina de família rica que realiza um experimento na aula de ciências e então conclui que não pode ser filha biológica de seus ricos pais (D.W. Moffett, de Life Is Wild, e Lea Thompson). A família, que ainda inclui Toby (Lucas Grabeel, a melhor coisa de High School Musical) o irmão mais velho, é então engolida por um difícil processo: a filha biológica deles foi trocada ainda no hospital e está por aí, com outra família.

Como o que é difícil pode ficar pior: a menina, cujo nome é Daphne (Katie LeClerc), ficou surda ainda na infância por conta de uma meningite e vive com sua mãe, Regina (Constance Marie) no subúrbio da cidade. Ou melhor, vivia, já que por conta da falta de grana as duas estão a caminho do México para morar com a família. Assustados com a perspectiva de que a menina vá para longe, os Kennish acabam por convidá-las para morar na casa de hóspedes que mantém na propriedade.

Sim, tudo pode parecer um enorme clichê, mas eu diria que a escolha do elenco mais um roteiro bastante afinado garante que a história não vire um dramalhão. Some-se a isso a forma como o fato de Daphne ser surda foi abordado – em quase todas as cenas os atores usam a linguagem dos sinais e vários detalhes sobre sua forma de viver e seus necessidades são mostrados – e você tem diversão de excelente qualidade e, sim, para a família toda.

E não estou sozinha: o seriado teria 1o episódios nesta primeira temporada e uma remota chance de renovação. Vejam vocês: o sucesso do seriado garantiu que ele retorne antes do previsto, logo no começo de 2012, e com mais 22 episódios nesta temporada. Sim, você entendeu direito: uma temporada de 32 episódios!

Para quem for se arriscar: sim, Vanessa Marano começa devagar e destoa do resto do grupo, super afinado, mas a menina também é a que mais cresce ao longo dos 10 episódios. Diria eu que sua personagem muda muito, para a melhor, e sua atuação idem e não deixa de ser um prazer ver um ator aprender tanto com seu personagem.

Nos 10 episódios já exibidos você verá, além das dificuldades da nova relação de duas famílias tão diferentes que são obrigadas a conviver e desse novo universo que nos é apresentado através de Daphne e seus amigos, também surdos, a abordagem de assuntos difíceis como as decisões e culpas com que os pais convivem dia a dia; o vício no jogo por adolescentes; a descoberta de quem realmente somos; os primeiros amores; a frustração de uma mãe que não teve uma “carreira” para chamar de sua e agora, com os filhos crescidos, sente sua vida esvaziada; e o amor já maduro, o recomeço.

Prato cheio para quem gosta de uma boa história e bons personagens.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

5 Comentários


  1. Meus Deus, eu achei que era a única criatura viva que assistiu “Caroline In The City”!
    Pois é, eu sempre dou uma vasculhada nas séries que tem naqueles sites pra baixar episódios e me apaixono por uns que eu sei que não vão passar por aqui.
    Já falei aqui de “The confession”, com o Kiefer Sutherland, que é muuuito boa e bem curtinha; outra que eu gosto muito é Downtown Abbey (http://www.seriesfree.biz/2010/12/downton-abbey/), maravilhosa e já confirmada a segunda temporada. BBC, of course.
    Bjs

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    1. Epa, claro que assiste, eu e o marido ainda,. risos. Eu assisto na agenda de fora aqueles dos quais não falo por aqui, aqueles que eu ainda assisto mas passo raiva (House, risos) e esses ingleses. Adoro!!! Não vi The Confession, mas vou dar uma olhada, e essa Downtown da BBC eu só vi o primeiro, agora que começam a rarear os inéditos eu volto para esses.

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  2. Já fiquei muito curiosa e apresentei a demanda ao maridex!!! Também a-do-ro a Lea Thompson, adorava Caroline in the City, pena que sempre via meio picado na TV…

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    1. Alice, Peguei uma fase em que a Sony estava exibindo direto, de segunda a sexta e aí consegui ver tudo. Adorava! Ela tinha um gato né? Eu tinha que adorar…

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