Meu primeiro e-reader

Como amante dos livros é claro que a coceira por um e-reader começou cedo e que eu ficava pela rede navegando entre informações mil, recomendações, vantagens e desvantagens e tudo o mais. O empurrão que faltava veio quando a Livraria Cultura (minha favorita, eu <3 Livraria Cultura), resolveu investir no lançamento de e-books e se tornou parceira da Positivo no lançamento do Alfa.

Eu fui super empolgada conhecer o bichinho e confesso ter ficado decepcionada: a tela em e-ink podia até lembrar a sensação de ler um livro de papel, mas o tamanho e peso do aparelho era muito diferente. Sei que tem gente que vai dizer que essa é a vantagem do aparelho, mas naquele momento aquilo me incomodou.

É claro que em paralelo corria a vontade de um iPad. Sou fã dos produtos da Apple e o iPad se tornou objeto do desejo antes de ser lançado. Acabaram pesando contra ele e outros tablets os aspectos preço (por ser multifunção é claro que ele custa mais caro) e tela. Os tablets possuem telas brilhantes, mais semelhantes a dos computadores, enquanto os e-readers possuem telas foscas que, além de cansarem muito menos, permitem que você leia um livro no meio da praia ensolarada, como faz com um livro comum.

Acho os tablets sensacionais e quem sabe eu ainda crio coragem de ter um, mas hoje, sendo proprietária de um iPhone (que na verdade tem todo o resto que me fascina no iPad e cabe dentro do bolso) e de um netbook, realmente não vejo motivos para tal investimento.

Decepcionada com o Alfa eu voltei a pesquisar e descobri o Nook, maior concorrente do Kindle nos EUA – não à toa, afinal Barnes And Noble e Amazon disputam centímetro a centímetro o mercado de livros comuns e digitais por lá – e gostei do que vi.

Ele é maior que o Alfa (mas não tão maior que um iPhone, como podem ver na foto), o preço é camarada (US$ 149,00), a tela é e-ink e, maior vantagem, ele aceita multi formatos, sendo um dos leitores indicados pela própria Cultura para seus livros. Além disso, ele tinha aquele charme da mini-tela touch na parte debaixo no lugar do teclado. Ela permite que você acesse todos os recursos do aparelhinho (além de livros, ele aceita arquivos em PDF, tem jogo de xadrez já instalado, pode ser carregado com músicas e acessa a internet) e ainda mostra as capas dos livros de sua biblioteca coloridos.

O problema: não vende pro Brasil. Na verdade, nem seria esse o problema, porque se vendesse o preço triplicaria por conta de impostos e taxas, já que o pobre aparelhinho não conta com a isenção tributária de seus irmãos em papel.

Aproveitei a viagem de um colega de trabalho aos EUA e fiz a encomenda, criando coragem de gastar com algo que ainda será pouco usado, já que a quantidade de títulos nacionais para e-readers ainda é pequena. O bichinho chegou e eu e o marido passamos dias descobrindo-o.

Já fizemos a compra de dois livros, um na Gato Sabido e outro na Livraria Cultura. Os livros, por não serem da Barnes And Noble, não ficam na biblioteca e sim na pasta de Documentos e por conta disso perdem o charme de ter sua capa na telinha colorida. Mas o aparelho já vem com algumas amostras da própria Barnes And Noble, além de permitir baixar alguns outros de forma gratuita.

O marido aproveitou para carregar alguns documentos de trabalho em PDF e gostou muito da solução, muita mais confortável que ler no computador. A Carol não teve qualquer dificuldade de usá-lo e acredito que esses aparelhos sejam a solução natural e eficiente para aquele monte de livros que são carregados por nossas crianças em suas mochilas. Já imaginaram? Ao invés de 10 livros, apenas um e-reader.

Ah, e agora tem o tal Nook colorido, cuja tela também é e-ink, mas com diversas cores. Imagino que deva ser excelente para livros infantis e revistas.

Ah, as duas livrarias que citei usam o Adobe Digital Documents para o download e administração dos livros baixados. O software é gratuito e é bem bonitinho – lembra um pouco o iBooks dos aparelhos Apple – mas deu bastante dor de cabeça para ser autorizado no aparelho (pesquisei bastante na internet antes de conseguir resolver o problema e então carregar os livros comprados no Nook).

Por último, não muito importante, mas bem interessante: de fábrica o Nook vem com um descanso de tela que fica revezando desenhos de autores clássicos da literatura mundial. Já perdi bons minutos só olhando quem aparecia.

E você, já criou coragem para investir no seu primeiro e-reader?

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Mesmo tendo saído há tempos da escola, fiquei sonhando com a possibilidade de um e-book reader substituir todo aquele peso que eu tinha que carregar… nossa, seria demais!

    Continuo mais interessada no kindle. O fato de ter 3G ilimitado e com alcance mundial me seduz… ops! Acabei de ver que existe um Nook com 3G. Ai, ai… será que vou me render a ele?

    De toda forma, só compro um e-book reader depois que ler as dezenas de livros de papel que tenho no armário.

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  2. Fui no Ipad mesmo…800 dolares e coloquei todos meus livros em PDF lá + os livros que ja tinha baixado no iBook do iphone.
    Pesou a favor o fato de ter Folha/Estadão/Globo, além da Revista Isto É e IE Dinheiro grátis.
    Eu tenho um problema sério. Se eu compro um desses e vejo que o Ipad tem uma unica funçao que ele nao, fico remoendo a idéia que vou precisar daquilo mais do que o resto..
    Aconteceu com telefones…rs
    bj,

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