Sexta-feira no twitter. Era só passar os olhos pela tela e ver o quanto de gente estava acompanhando ao episódio final de Passione, e olhe que essa nem foi uma novela de tão grande sucesso para a Rede Globo de televisão. Mas estavam todos lá, mesmo os fãs mais apaixonados de seriados aproveitavam a folga de início de ano e acompanhavam também o vício mais brasileiro que conheço – eu mesma era uma dessas pessoas, assistindo ao último capítulo de uma novela que não assisti.
Isso mesmo, eu assisti só ao último episódio e ainda assim estava lá torcendo ou reclamando do que estava acontecendo na tela como se fosse uma telespectadora fiel da trama que envolveu gente vinda da Itália, um homem com duas mulheres, um galã que já não é tão galã e Mariana Ximenez posando de vilã.
Fiz no twitter minhas apostas e reclamações – sério mesmo que tudo bem um homem terminar a novela com duas mulheres, mas ainda não podemos ter uma trama com um casal homossexual se beijando? – enquanto lia os deliciosos comentários marcados com a tag #emossione.
Não deixa de ser irônico isso: tanta gente na frente da mesma telinha que unia famílias no passado, dando opiniões como se realmente pudéssemos mudar o destino daqueles personagens.
O tempo passa, criamos novos costumes, temos mais canais, mas, no final das contas, de técnico de futebol e autor de novelas, todo brasileiro tem um pouco.
