The Walking Dead: Vatos (01×04)

Uma das coisas mais interessantes de vir aqui e escrever o que achei de um ou outro seriado é o fato de que posso, muitas vezes, pagar minha língua e ter de voltar atrás, poder dizer que fiquei surpresa. Algumas vezes isso acontece porque uma aposta minha de que algo seria realmente bom desaba sem deixar pedra sobre pedra, nas outras, eu simplesmente devo admitir que o negócio foi bem melhor do que eu poderia imaginar.

Quando falei sobre o episódio passado de The Walking Dead eu pedi que ninguém viesse me falar que esse é um seriado sobre pessoas porque, da última vez que me falaram isso, eu me senti ludibriada. Pois Vatos (Manos) mostrou que aqui também podemos falar de pessoas e, ainda assim, termos uma das mais aflitivas sequências de morte-luta-devastação que eu já vi nessa minha vidinha de fã de cinema e televisão.

Se o episódio começou com uma linda cena de pescaria, poética até, a cena final nos deixa pulando do sofá, sem ter certeza de quem sairá vivo daquele acampamento. E o fato de ficarmos esperando que fosse Merle a aparecer e não um grupo de zumbis deixou tudo ainda mais tenso.

Rick continua sendo um dos melhores personagens que vi nesses últimos tempos. Nunca escondi minha fascinação pelos heróis sinceros mas ainda atormentados (Goren e Crews, por exemplo) e ele é mais um feliz representante deste grupo. Ele quer fazer o que é certo, ele se coloca em perigo para fazê-lo, ele deixa sua família para fazê-lo. Mas ele busca o seu chapéu.

Não vou dizer que o episódio foi perfeito, eu meio que me desliguei em alguns diálogos que considerei apenas enrolação de tempo, mas ele foi, com certeza, um episódio envolvente, tenso, com suspense e ação bem medidos.

E, com tudo isso, ele ainda consegue nos fazer refletir sobre o fato de que os zumbis, no final das contas, podem não ser a pior parte de tudo – os sobreviventes que não se importam em matar para se manterem vivos são pior ainda. Ainda bem que o ser humano ainda pode fazer coisas realmente boas para contrabalançar essa verdade – Rick dividindo as armas com o pessoal do hospital e o próprio pessoal, que não partiu para proteger os idosos.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Digam-me: – O que farei da minha vida quando acabar a temporada? (rrss)
    Adoro cada episódio e descobrir um “Medium” entre eles… parecia que eu estava na série errada!
    Pergunto: entendi pq o povo do asilo não pode ir para a montanha, mas pq o povo da montanha não vai para o asilo? (teriam: divisão de tarefas com mais pessoas; mais homens para defender o território; água; luz; cama; banheiro…). Sei lá, parece que ficam mais expostos ali no mato.
    Ei, cadê o amigo de Rick e seu filho?
    É tudo de bom o amigo/amante… ele deu o sangue pra defender a ex e seu filho… de repente, o amigo retorna e ele fica a ver navios… nem um abraço… pôxa!

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      1. A série retornará só em Outubro/2011? Pela Mãe do guarda… Vou fazer terapia!!!!

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