Grey’s Anatomy: These Arms Of Mine (07×06)

Na maior parte das vezes, se não em todas elas, é mais fácil dizermos nossos segredos, nossos medos, nossas inseguranças, para estranhos completos. Quase sempre é porque eles simplesmente não participam de nossa vida no depois, no dia seguinte, não vai nos olhar com cara de “eu sei o que você fez no verão passado”, não vai deixar escapar para outro amigo comum.

Por outro lado, sempre existe a possibilidade de não querermos contar o que sentimos para absolutamente ninguém, nem mesmo para um estranho.

Enquanto eu adoro ver Cristina encontrando pouco a pouco uma forma de sair do abismo – alguns acham chato, eu sei – eu fico imaginando o que não fica aparente no dia a dia, o que não foi contado, como alguns conseguem aparentar estar tão bem. Fico imaginando como alguns conseguiram seguir em frente sem olhar para trás.

These Arms Of Mine coloca estranhos conversando com alguns dos personagens principais de nossas histórias e estes revelam  o que passou despercebido: um Alex mais focado, sem tempo a perder; um Derek que às vezes se acha sobrehumano, um Titã; Bailey que precisava que sua paciente ficasse bem para encerrar aquela história; Callie que se sente ainda mais dependente de quem ama.

These Arms Of Mine coloca câmeras nos corredores do Seattle Grace e transforma Grey’s Anatomy em um quase reality show e, por mais que uma cirurgia de transplante de braços seja fascinante, tira o foco das cirurgias (ao escrever nisso eu fiquei pensando quando isso foi realmente foco da série…) e consegue tornar tudo ainda mais intimista. Curioso não é?

E, no meio de tudo isso, Alex e Cristina de novo são as estrelas da história: o primeiro com seu jeitão durão de se tornar um excelente cirurgião pediátrico, a segunda por colocar as cartas na mesa. Ser herói tem seu preço e alguns por aqui ainda não começaram a pagar.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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