Beco do Bartô

Quem trabalha fora, enfiado em um escritório o dia todo, de cara com o computador e montes de planilhas, costuma ter pelo menos um momento sagrado: a hora do almoço. É nessa horinha que os amigos podem falar mal da vida alheia – tá, vale falar mal do chefe – contam piada, desestressam e se preparam para o segundo round no período da tarde.

E tem de ser sagrado porque ninguém merece emendar uma período no outro sem tempo para respirar ou colocar as ideias em ordem. É aquele tempo seu para fazer o que quiser e se sentir um pouco mais feliz – porque por mais que a gente às vezes faça o que ama é difícil encarar a rotina – e um pouco mais livre, encontrar aquele conforto, sabe?

Talvez por considerar esse tempo tão sagrado eu não goste tanto dos restaurantes por quilo, por mais que sejam mais em conta: somente a fila já lhe consome boa parte do almoço e te faz engolir a comida rápido e rasteiro falta o conforto.

E eu não posso reclamar das opções aqui na região do Paraíso (bairro de Sampa no início da Avenida Paulista): tem japonês, tem português, tem casa de massas, tem até quilo com grelhado no ponto pros dias de pressa.

Um desses cantos que te permitem fugir da realidade do dia a dia é o Beco do Bartô, escondidinho numa dessas vielas entre prédios altos e barulhos mil. São nos detalhes da decoração, no cuidados dos pratos e na simpatia das atendentes que você sempre encontra motivos para sorrisos.

Hoje eu fui lá. O prato do dia foi um delicioso bife de ancho (o nosso contra-filé) acompanhando de risoto de queijo, fechando com um gostoso doce de leite – cortesia da casa. Tem como não voltar um pouco mais animada ? Talvez um pouco redonda também, eu sei, mas lembrem-se que eu sempre escolho ser feliz.

O preço? Não é dos mais baratos, mas também não é dos mais caros. No final das contas, na região, é um preço bastante justo pelo que você recebe, o prato do dia mais bebida sai na faixa dos R$ 25,00.

Beco do Bartô

Rua Sampaio Viana, 216, Paraíso

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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