Criminal Minds: Solitary Man (05×17)

“Estamos todos sentenciados a confinamento solitário dentro de nossas peles, por toda a vida.” – Tennessee Williams

A primeira cena de Solitary Man é quase um clássico de seriados policiais: a menina que é colocada para dormir e deixada sozinha. Um homem entra pela janela. É com alívio que vemos ela reconhecê-lo como pai. É com desgosto que o vemos contar a história de um rei em busca de sua rainha quando, me meio a história, vemos cenas de uma garçonete sendo sequestrada e morta.

Ele é um pai, mas também um assassino em série em busca de uma mulher julgada perfeita para, com ele e a menina, formar uma nova família – motivação só descoberta por nós e pela equipe mais à frente. Vamos do alívio a tensão em questão de minutos, segundo até, guiados pelos roteiristas que entregam mais um excelente episódio.

Acho que mais assustadora que a ideia de ele ser um assassino em série é a ideia de que muitos são os assassinos em série que não são descobertos, com seus crimes disfarçados pelas muitas estradas que cortam o país.

O episódio segue bastante tenso durante toda a investigação, tensão que aumenta quando o assassino escolhe como vítima uma senhora que ele vê com a filha e a equipe tenta descobrir a verdade antes que ela acabe morta.

A descoberta da verdade, é claro, passa pelas pesquisas de Garcia – que apareceu pouco nos últimos dois episódios, não é? – e acaba na casa da menina do começo do episódio. Particularmente a sequência final do episódio é uma de minhas preferidas: a equipe tentando não ser vista, Prentiss e JJ levando a menina para o quarto e descobrindo nos desenhos da parede a referência aos assassinatos, depois Prentiss levando a menina de volta à sala para que ela seja vista pelo pai e, finalmente, a equipe assistindo ao suicídio do assassino.

Solitary Man foi mais um episódio clássico de Criminal Minds, com todos os elementos que fazem deste um excelente seriado.

A citação final é de Christopher Lasch: “Família é o paraíso em um mundo sem coração.”

Mas prefiro lembrar as palavras de Morgan: “Sabe, Prentiss, quando penso nas coisas que vemos diariamente, todo o mal, ainda fico impressionado com todo o bem.”

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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