Volta às aulas: material novo, novas responsabilidade

Amanhã é dia de volta às aulas e imagino que muitas mães e pais passaram o domingo como eu: entre caixas de lápis, cadernos, papel contact, novo estojo, nova mochila, livros e expectativas.

A Sam Shiraishi fez um post bem legal com dicas para a hora da compra dos materiais e eu quis complementar com algumas idéias – bem pessoais:

A primeira dica vale para a hora da compra: além da pesquisa algo que ajuda a baixar os valores gastos é a união de interessados.

Pense nisso:  somente na turma de seu filho são 15, 20 alunos que terão de comprar os mesmos materiais. Lojas como a Kalunga e Gimba oferecem ótimos preços quando cada item é comprado em grande quantidade. Encontre outras pessoas que também estejam se degladiando com a lista de material e comprem juntos. Pode ser um vizinho, alguém da família ou os pais dos coleguinhas mesmo.

A escola da Carol já faz isso pela gente: tirando o material de uso pessoal como cadernos e lápis,  todo o restante, aspostilas, tinta, papéis de dobradura e de seda são comprados pela escola, que divide o valor em 12 parcelas, junto com a mensalidade. No caso da Carol isso não chegou a R$ 10,00 por mês. Além da economia e do fato de você não pagar tudo de uma vez no início do ano, isso evita o desperdício. Você pode sugerir algo parecido na escola do seu filho.

Outra coisa importante: você vai ler muito que não deve ceder aos apelos de seus filhos e comprar tudo com o seu personagem preferido, fazendo-os entender que tudo é mais caro e cosia e tal. Acho o conselho importante, mas não vamos ser radicais, afinal, eles são crianças. Negocie coisas como um ou dois itens com o personagem favorito, algo como mochila ou estojo, que aparecem mais para os amigos e que serão usados o ano todo. Quando comprar destaque que aquilo é algo valioso, que precisa ser bem cuidado e que não terá outro tão cedo. Mostre que é um item importante e bonito, faça com que a criança realmente curta aquele item.

O segundo ponto é o envolvimento: eu, assim como outras mães com quem conversei, cansamos de falar ao longo do ano para a criança cuidar de suas coisas, não dar as amigos, não sair apontando todos os lápis até que eles acabem e não deixar o estojo cheio de restos do apontador. É uma conversa chata, cansa a criança e a gente.

Então tente algo diferente: no momento de colocar etiqueta em tudo – lápis por lápis, porque a criançada se perde mesmo entre o que é deles e dos amigos – e de encapar cadernos e livros, peça ajuda, valorize a ajuda e o trabalho. Vendo o seu cuidado com tudo é mais fácil para a criança entender que também precisa ter cuidado.

Mas, lembre-se: seu filho é uma pessoa, você é outra. Exemplo: eu sou sistemática ao extremo. Gosto de tudo separadinho, por isso comprei para a Carol no ano passado um estojo cheio de divisórias, uma para lápis grafite, outra para canetinhas, outra para os lápis de cor. Resultado? Na primeira semana já estava tudo misturado.

Não adianta. A Carol tem de aprender a cuidar das coisas dela do jeito dela. Então ela escolheu o estojo deste ano e eu expliquei o que era importante para que ele durasse para o ano todo. Falei sobre sujeira e sobre manter canetas fechadas. Sobre o apontador e a borracha que precisa continuar branquinha, se não sujará os cadernos dela. A questão é lembrar da história de serem crianças, mas dar responsabilidade e se segurar para não fazer as coisas no lugar deles.

Também aproveitei o momento de mudanças para incutir novas responsabilidades: arrumar sua cama, por exemplo. Confesso que eu mesma não arrumo a minha todos os dias e também temos a empregada um dia ou outro. Mas neste fim de semana a Carol aprendeu que deve arrumar a dela, bem como guardar suas roupas quanto estas chegam da lavanderia.

São pequenas coisas, mas que mostram à criança que ela também tem suas responsabilidades.

Carol começa agora o segundo ano: a alfabetização terminou e nada mais de brinquedos educativos e livros de história na lista de materiais. Aqui em casa estamos pesquisando para trocar os móveis de bebê por móveis que incluem uma escrivaninha para as tarefas.

Se nos dói ver nossos bebês crescendo, por outro lado dá um orgulho enorme dessas pequenas pessoas.

Amanhã é dia de conhecer a nova professora. Semana que vem tem reunião de pais para entender o que é esperado do ano que começa. Tudo isso é comentado com a Carol e valorizado, nada de reclamar do horário da reunião ou de acordar cedo todo dia. É nosso papel de educador em casa.

E vocês, prontos pro novo ano?

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Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. eu não estou vento material algum,o que eu estou vendo são apenas palavras e uma fotografia de uma mochila e est….

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