Cinema: Julie e Julia e Os Fantasmas de Scrooge

O tempo passa, as coisas na televisão melhoram a cada ano, mas assistir a um filme no cinema continua tendo sua magia, ainda não imitada. E, se for para falar de magia, nada melhor do que falar de assistir um filme com a nova tecnologia 3D, não é? Nós ainda não havíamos experimentado – o Carlos ainda tinha péssimas lembranças da época em que o 3D dependia de óculos de celofane com lentes coloridas, eu nem essa experiência tinha.

E nada melhor do que uma animação de Natal para você realmente entender o que é magia: Os Fantasmas de Scrooge tem neve caindo do céu e as crianças não resistem a esticar sua mão em frente do corpo para tentar pegá-la.

os-fantasmas-de-scroogeA história é antiga – o livro de Charles Dickens é de 1843 – mas a temática é atual: o avarento e cético Scrooge recebe na véspera de Natal, a vista dos espíritos do natal passado, do natal presente e do natal futuro. Olhando para seu própria passado e para o que acontece a sua volta por um diferente prisma, Scrooge perceberá que existe mais em sua vida do que dinheiro.

Os americanos assistem as diversas versões da história em todo natal: seja o filme de 1971, sejam as animações feitas depois disso, seja pelo simples fato de acompanharem as manias de Tio Patinhas, claramente inspirado no personagem de Dickens.

Esta versão da animação usa a mesma técnica do encantador O Expresso Polar, também de Zemeckis – que a Carol assiste todo ano, em qualquer época do ano – mas mostra diversas melhoras na captura dos movimentos faciais dos atores. O Scrooge do título é vivido por Jim Carrey, enquanto seu sobrinho ganha o rosto de Colin Firth. Já Gary Oldman faz o pobre funcionário de Scrooge, o bondoso Bob Cratchit. Assim como em O Expresso Polar, os atores também desempenham outros papéis, mas é nestes que citei que você vê seus rostos.

A produção é da Disney e os efeitos são de tirar o fôlego. Fazia muito tempo em que eu não via toda a platéia aplaudir um filme no cinema. Realmente vale a pena.

Julie e Julia é encantador, lindo, tocante, animador, inspirador, ele fala de descobrirmos e realizarmos nossos sonhos, não importa onde e quando. Fal ficou falando sobre ele durante dias, e continua falando, e isso só aumentava a vontade de ver. Eu imaginava um filme de mulherzinha, afinal, a direção é de Norah Ephron. Mas ele é muito mais do que isso.

julie-juliaMeryl Streep está magistral representando Julia Child, de quem eu nunca tinha ouvido falar antes, mas que descobri ser a primeira mulher realmente influente na culinária, com direito a ser interpretada por Dan Aykroyd no Saturday Night Live (não conhecia o trecho, hilário, e ele definitivamente foi cedo demais). Não sei se a Julia original irradiava a alegria pela vida de Meryl, mas pela Julia dela eu me apaixonei.

Mas eu me identifiquei com a Julie de Amy Adams. Eu AMO Amy Adams! Ela frequenta nossa casa praticamente toda a semana como a Encantada do filme da Disney, ou como Amelia Earhart em A Noite No Museu. A prova de seu talento é que meu marido demorou 40 minutos do filme para descobrir que era lá, uma pessoa mais observadora poderia descobrir em uns 20. E como ela é linda!!.

A Julie dela é tão parecida comigo. Em idade, em sonhos não realizados, no lado comum de sua vida de pegar o metrô todo dia e ir para um emprego que não responde a todos os seus anseios. Com amigas que nem sempre pensam ou sentem o mesmo que você e que lhe fazem sentir ainda mais sozinha.

Aí ela descobre em seu blog e em sua cozinha motivos mil para se realizar, ela ganha amigos que lhe enviam presentes, ela realiza o sonho de escrever seu livro. Uma história verdadeira e extraordinária ao mesmo tempo.

Julie e Julia é um filme que toca nosso coração.

Amy e Meryl estão sensacionais, incorporadas dos espíritos das mulheres que inspiraram esse filme. Seus marido, interpretados pelo doce Chris Messina e pelo apaixonante Stanley Tucci (como ele pode ter esse efeito sobre nós, sendo que nem bonito é?).

Eu e meu marido adoramos o filme, que é daqueles para se ter e rever por toda vida.

Os dois filmes são tão diferentes, eu sei, mas eles tem algo em comum, algo muito importante: são filmes que fazem com que você acredite nos sonhos, na alegria e na bondade.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


    1. Tem mesmo!!! risos Terminou Jonathan Strange & Mr Norrell? Não consegui até hoje…

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  1. Pena que provavelmente não vai passar no cinema daqui, estreou há uma semana e até agora nada… vou ter que esperar para ver Julie e Júlia em DVD.

    Abraços!

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