Filmes femininos: Daniel’s Daughter e The Women

Daniel's Daughter e The Women

Depois de participar da exibição do primeiro episódio de The Alzheimer’s Project, não resisti e voltei a assinar à HBO – tudo bem que isso também pode ter sido ocasionado pelo período de baixa na exibição de seriados o que me dá mais tempo para filmes e livros.

Pois logo no primeiro sábado de assinante já pude curtir dois filmes bem mulherzinhas exibidos pelo canal: Daniel’s Daughter (A Filha de Daniel) e The Women (Mulheres – Sexo Frágil, sim o título nacional dói no estômago).

O primeiro é uma produção do Hallmark para a televisão estrelada por Laura Leighton – que trabalhou na primeira versão de Melrose Place e também estará no remake – contando a história de uma garota que, após a morte da mãe, é deixada por seu pai em uma escola particular por anos, segue com sua vida, tendo um aparente sucesso, para ter de retornar a cidade natal após a morte deste, que deixa como último pedido que ela espalhe suas cinzas no mesmo local em que a mãe foi enterrada.

Tudo na história acontece exatamente como você já sabia que aconteceria, mas isso faz parte da graça das comédias românticas doces como chiclete. Ah, e não faltam as tais coisas bonitinhas e românticas, como o passeio de bicicleta com ela na garupa, a feirinha local, o amigo gay, a amiga antiga com uma penca de filhos cujo marido precisa de um chacoalhão para voltar a ser romântico. Ah, e como não podia deixar de ser o advogado bonzinho e bonitão pronto para conquistar o coração dela.

Um filme leve e um ótimo passatempo.

The Women é um filme feminino sem ser exatamente uma comédia romântica. É engraçado perceber ao longo das cenas o fato de que nenhum homem aparece, nenhum mesmo, até o momento final do filme. E é engraçado perceber que isso não está tão longe assim da realidade.

Tudo bem, você pode falar como assim sem homens, mas aí eles têm a ótima sacada de colocar uma das cenas em um bar lésbico, por exemplo, e você acha perfeitamente normal nada de homens. As demais cenas acontecem em ambientes também femininos: cabeleireiro, loja de departamento, almoço de arrecadação de fundos para a manutenção de um parque…

O filme tem um elenco cheio de estrelas, começando pela protagonista Meg Ryan (que eu achava tão linda e que conseguiu se acabar na ponta de um bisturi), e passando por Annette Bening (outra que também andou exagerando na cirurgia plástica), Debra Messing (ótima de mãe de quatro garotas, bem alternativa e riponga), Jada Smith e com ponta de Eva Mendes como destruidora de lares.

Você pode assistir sozinha, mas não é um filme que mataria nenhum homem – meu marido assistiu comigo do começo ao fim – e que tem ótimos momentos para que nos lembrar de nós mesmas.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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