Fico pensando que é impossível não gostar de LIFE. Não é possível não se divertir, não é possível não torcer. É como se Crews e Dani, e até mesmo Tidwell, já fizessem parte de meu grupo de melhores amigos.
Este episódio foi, no mínimo, especial. Para provar isso eu só podia mesmo escolher a foto de Dani e um pirulito para ilustrá-lo – e tenho certeza que os homens jamais me perdoariam se eu escolhesse qualquer outra. Melhor que a tal história do pirulito (não só ele, mas a bota de cowboy também) foi o que ela disse:
Dani: A atitude nova-iorquina, posso agüentar.
Tidwell: São quatro gerações de policiais.
Dani: As três ex-mulheres que amam você, posso agüentar.
Tidwell: Elas são uma excelente fonte, se tiver dúvidas sobre mim.
Dani: O sexo com um superior, posso agüentar.
Tidwell: Sei que pode.
Dani: Você ficar se chamando de Tidwell, até isso posso agüentar. Mas esse cabelo, precisa sumir!
Sim, foi um episódio em que a tônica cômica falou mais alto: Crews mencionando que Dani estava cantarolando – sem que ela sequer abrisse a boca; ou quando Tidwell liga no hotel e realmente consegue assustar Crews; ou mesmo quando Crews vê o fantasma do xerife morto – tudo por causa de um ensopado de veado. Ou quando Tidwell chama Dani de Cara, mesmo depois de vê-la nua na sua frente.
Não veio nenhuma grande revelação do encontro entre Crews e Rayborn, que até pediu desculpas pelo seqüestro de Crews. Mas é engraçado comparar sua postura à postura do próprio Crews: ao que parece ele não tem medo do que o passado dele possa esconder. Mas com certeza ele e Crews têm mais a conversar do que sobre caridade.
E, mesmo com um episódio cheio de comicidade e voltado para as interações Crews – Dani – Ted – Tidwell – Rachel, ainda tivemos um interessante crime a ser investigado. Acho interessante explorarem esta questão de, apesar de solo de Los Angeles, existir todo um mundo paralelo quando nos referimos a uma reserva indígena.
E, de novo, eu sei, isso é repetitivo, o roteiro entrega uma solução diferente da que acreditávamos – o culpado sendo o pai de Anna e sem relação nenhuma com preconceito ou crise entre indígenas e os “forasteiros” . E o que eu realmente valorizo é que eles fazem isso sem que você fique achando que eles sacaram uma solução do nada, sentimento comum quando roteiristas tentam dar uma virada na história.
Adorei a jogadinha do nome: Evil, Eval. Ainda mais sendo uma bela garota. Vamos concordar: Brothers têm bem mais apelo que irmão e irmã quando o assunto é jogo e dinheiro. Acho que são essas pequenas coisas que tornam Life tão interessante.
Músicas do Episódio:
“Morning Wonder” com The Earlies
“Then You’ll Know” com Wotlie
“Yadnus” com Chk Chik Chick
“Reckoner” com Radiohead
“Wet Cigarette” com Wotlie
Texto preparado para publicação no Teleséries.