Avaliando o Globo de Ouro 2009

Eu sempre me dou mal, muito mal, nos bolões de Globo de Ouro e Emmy. Dificilmente marco mais que um acerto, talvez porque, por mais que eu não vote nos meus preferidos (para quem eu torço), tenho dificuldade em medir o peso do buchicho, o peso do fato de um seriado ser um sucesso de público ou não ser sucesso de público, mas ser o escolhido como queridinho dos críticos.

mad-men

Eu acertei com Mad Men em Melhor Série – Drama, série que acho chata para danar (não consegui passar do segundo episódio) somente por seguir uma lógica simples: In Treatment tem exibição diária, de que os americanos não gostam, True Blood é muito juvenil, Dexter nunca ganharia (críticos tendem a não gostar de seriados policiais) e House teve uma temporada fraca se comparada com as anteriores.

30rock

Outro acerto foi ao apostar em 30 Rock para Melhor Série – Musical ou Comédia. Outra da qual eu não gosto, não consigo ver graça alguma, a série é a queridinha dos críticos, que adoram parecer mais intelectualizados que a média a população. Aí nem investi em lógica, assinalei logo de primeira.

Errei em Melhor Ator em Série – Musical ou Comédia ao apostar no prestígio de Steve Carell (The Office), Alec Baldwin parece ter encontrado o papel de sua vida em 30 Rock. Mais uma decisão em que a intelectualização dos críticos pode ter pesado.

Em Melhor Atriz em Série – Musical ou Comédia eu também errei ao desconsiderar a paixão dos críticos por 30 Rock, que acabaram escolhendo Tina Fey, novamente, como melhor atriz. Também posso ter atribuído peso demais ao fato de Christina Applegate, Samantha Who?, ter passado por um drama pessoal no ano ao ter enfrentado ao câncer, talvez isso tivesse mais peso no Emmy.

Gabriel Byrne é um ator conceituado e reconhecido, e isso foi diferencial para vencer a resistência dos críticos à uma série como In Treatment, de formato diário, e levar o prêmio de Melhor Ator em Série – Drama. Meu palpite foi para ele por isso. Também usei um pouco de lógica: a temporada abaixo da média de House afetaria a indicação de Hugh Laurie; Michael C. Hall (Dexter) merece, muito, mas fica valendo o que eu disse sobre seriados policiais anteriormente, já Jonathan Thys Meyers (The Tudors) ainda não conquistou seu espaço. Jon Hamm (Mad Men) já havia ganho no ano passado.

Minha maior surpresa foi com Anna Paquin levando o prêmio de Melhor Atriz em Série – Drama por True Blood. Não estou acompanhando a série e ouvi muita gente falando que ela precisava de comer ainda muito arroz+feijão para faturar, então não fui a única a ser surpreendida. Meu palpite foi em cima da trajetória de Sally Field (Brothers & Sisters).

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John Adams fez a limpa, como já era esperado, faturando Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme com Paul Giamatti, Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme com Laura Linney (que eu adoro demais), Melhor Ator Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme com Tom Wilkinson (ótimo como Thomas Jefferson), além do prêmio maior de Melhor Minissérie ou Filme para TV.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Estranho esses seus comentários sobre In Treatment, pois se eles tivessem algum problema com o formato da série, ela não teria 5 indicações, acho que a maior em drama.

    Mas de qualquer forma fiquei feliz por Mad Men e 30 Rock, duas séries que adoro.

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  2. li no blog da ana maria bahiana, que é membro da associação, que são apenas 90 votantes, então um único voto pode fazer toda a diferença.

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  3. Fiquei triste por Dexter!!!!!!!Um serie excelente, e super desvalorizada pela critica…….. 🙁

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