Lipstick Jungle: Bombay Highway (01×04)

Como enfrentar quando seus sonhos parecem desabar a sua frente? Ainda não foi exatamente isso que aconteceu com o trio de amigas de Lipstick, mas, com certeza, elas precisaram ter uma dose maior de realidade em sua vida.

E que, involuntariamente, trouxe essa dose de realide foi Kirby. O amante de Nico joga tudo no ventilador ao abrir o processo por assédio sexual contra a executiva da Bonfire. Ela se vê obrigada a admitir para as amigas o que está rolando em sua vida, que nem tudo é tão perfeito, que a imagem pode ser bem diferente da realidade.

E uma festa de lançamento do novo filme do estúdio de Wendy, com direito a elefantes, cuspidores de fogo e dança indiana vai servindo de paralelo para mostrar essa diferença entre realidade e imagem.

Wendy que fica absurdamente preocupada com o casamento da amiga. Na realidade, preocupada com o próprio casamento. O que deu tão errado a ponto de Nico acabar na cama com um homem 25 anos mais novo? Se a dúvida serviu de gatilho para que ela e o marido acabassem juntos em cima da máquina de lavar roupa… Bem, melhor assim.

Ela acaba desviando sua obsessão com coisas cem por cento certinhas para o lançamento do filme, quase levando à loucura Victory, que aproveitou a oportunidade de ter Wendy no comando para vestir a atriz principal do filme. Coisa que ela quase se arrepende de ter feito após ela e Wendy praticamente se engalfinharem sobre as prioridades de cada uma.

Para aliviar o lado de Victory (quase não me irritando), ela diminui a pressão sobre Joe, aceitando que ela pode ter dois lados separados de sua vida… Pelo menos por um tempo.

Nico cria coragem e vai atrás de Kirby, mas somente após perceber que o marido dela, o paspalho que não tem interesse sexual nenhum numa mulher linda daquela, pode estar dando as escapadinhas dele por aí. Não sei se ele está dando escapadinhas, ou se só está se alimentando do fato de ter garotinhas novinhas atrás dele, a questão é que ele também não está cem por cento na relação. Ela para, neste momento, de se preocupar em salvar seu casamento e se preocupa mais é em ir atrás da própria felicidade, por mais que ela mesma ainda não tenha entendido como ela vai conseguir.

Ela primeiro questiona o por quê dele estar com o processo. Ele percebe ali que ela não passa de uma garota perdida e retira a ação… Os dois terminam o episódio numa cena linda, de mãos dadas andando pelos ruas de New York.

E, mais uma vez, a amizade das amigas sobrevive aos tremores dessa nossa vida, nem sempre tão fácil.

Músicas do episódio:

“Goddess” Sultan Khan, Krishna Das
“Get What I Want” Bitter:Sweet
“A National Anthem” The Details
“You’re My Flame” Zero 7
“Wartime” theSTART
“Young Folks” Peter, Bjorn & John
“Glow” Rie Sinclair
“Karma” Outsized

P.S. Fiquei pensando no ódio mortal do Paulo ao seriado e só me veio uma coisa a cabeça: o seriado é totalmente mulherzinha. É daqueles que você assiste sozinha numa boa, que teu marido não vai ver graça nenhuma e que te ajuda em momentos em que você não quer ver homem nenhum pela frente…

P.S. do P.S. A Sam escreveu, por estes dias, sobre amizade. E depois ela fez um comentário no meu outro blog sobre sobre este assunto também. A verdade é que, muitas vezes, nós deixamos que a vida corrida acabe por nos engolir e nos perdemos de nossos amigos. O tempo vai passando e um dia você se vê meio só, sem àquela pessoa com quem você falaria de qualquer coisa a qualquer hora. Aquela coisa meio adolescente. Eu tenho pensado muito nisso, em como colocar minha vida de volta nos trilhos quanto a este aspecto em especial. A questão é que esse seriado pode nem ser tão bom, mas funciona perfeitamente para te lembrar que, por mais irreal que a vida delas nos pareça, uma verdadeira amizade é possível. Depende de dedicação, de ceder, de pedir desculpas algumas vezes, mas funciona.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Eu vi a série toda durante a MidSeason (abstinência de série teen) e acho que ela é clichezinha e mais fraca que Cashmere Mafia, mas é legal. Tem as amigas que se metem, e que é legal que elas se metam, porquê é o jeito delas de mostrarem que se importam. Tem os maridos babacas que ficam fazendo besteira. E todas as traminhas que agente já está cansado de ver, mas que é legal ver de novo, com nova roupagem, mesmo assim.

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  2. Coments by pedreiro: ia fácil nas carne do Kirb, hein?

    A série é muito mulherzinha, me matava para ter os sapatos delas, são lindo de morrer. Enxota o marido da sala e se agarra na Vogue!

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  3. Thais: eu não esperava gostar. Não é meu “estilo” de série, mas eu fiquei gamada. Tô até impressionada comigo mesma, rs.

    Tatiane: não sei os sapatos, mas as roupas são coisa de louco.

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